sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Vinil ou CD? A velha “briga” dos DJs Pt.02


As vantagens e desvantagens do CD e do Vinil dependendo do estilo musical dos DJs

O som da agulha de diamante no sulco do vinil ou então aquele que sai do laser passeando pela superfície do CD?

Vários fatores acabam resultando na opção dos profissionais tocadores de vinil ou CD, também existem aqueles que tocam as duas mídias, sem preconceito ou “puritanismo”.

No Brasil essa mudança do vinil para o CD no uso não profissional (doméstico) foi bem lento, para se ter uma noção, o Brasil em 1994 ainda era o maior consumidor de vinil do mundo. Mais isso não se tratava de uma ojeriza ao CD e sim o alto custo dos primeiros aparelhos domésticos.

Com a queda no preço desses tocadores de CD no mercado nacional rapidamente a coisa mudou, finalmente a população poderia ouvir o som do primeiro mundo em suas residências.

Alguns DJs afoitos no começo ficaram impressionados com a questão da praticidade e da evolução da tão sonhada reprodução digital, compraram os gravadores de CDs e passaram seus vinis (12”, EPs, LPs e pictures) para aquelas primeiras mídias que tinham uma coloração azulada ou dourada, muitos chegaram a vender os vinis, posteriormente se arrependendo arduamente, pois essas primeiras mídias quando caiam no chão descascavam e toda a gravação era perdida, muitos sofreram com isso.

Atualmente isso já não acontece, as mídias virgens originais são de boa qualidade e tem uma ótima durabilidade dependendo do seu manuseio.

A questão principal da maioria dos profissionais que migraram do vinil para o CD foi exatamente o fator financeiro e também muitos que tocavam MPB, Rock ou outros estilos comerciais, o CD caiu como um anjo no céu; praticidade e principalmente sobre a viabilidade desse formato compacto na pista.

Já os DJs que tocam um estilo segmentado, alguns ainda resistem ao CD e permanecem com o bom e velho 12”, mais isso também depende muito da filosofia aplicada a cada profissional, tem casos e casos, como bom exemplo temos as produções independentes, por questões de custo a execução é feita com CD, não há condições de lançar dubplates ou algo em menor escala na prensagem de vinil para divulgar um trabalho feito em um homestudio, então o CD nesse caso acaba sendo a única opção (não está sendo levado em consideração quem toca com Serato, Traktor ou outros programas com a utilização de laptop, pois o tópico é Vinil ou CD; sabendo que existe essa possibilidade de divulgar o trabalho).

O DJ deve ser completo, saber tocar de vinil ou CD, independente do estilo, se for possível tocar com vinil, ótimo, se não for, isso não será o fim do mundo, mais o público e os próprios DJs acabam respeitando mais quem toca de vinil, essa realidade ninguém discorda, pois até aqueles que tocam de CD estão sempre comentando sobre o assunto e geralmente finalizam a conversa dizendo: “Quem dera se eu pudesse tocar só com vinil ou pelo menos a maioria do set com vinil”.

O mais importante nisso tudo é manter a pista cheia com qualidade musical, independente da mídia, se for um som bem equalizado, com o volume certo, o repertório selecionado com destreza, a missão foi concluída com êxito.

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