sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Técnicas de mixagem (set DJ) Pt. 01


Há treze anos eu toco profissionalmente Drum & Bass, Jungle e Gabba, tive a gloriosa oportunidade de fazer parte do line up de grandes eventos no Rio de Janeiro e São Paulo, ser agraciado como residente da festa de Drum & Bass Febre juntamente com os renomados DJs Calbuque e Marcelinho da Lua, poder toda quinta-feira mostrar esse meu trabalho ao lado dessas duas referências da night carioca.

A Festa a Febre completou doze anos de atividades nesse ano de 2009, gostaria de aproveitar os ótimos acessos nesse espaço, para compartilhar um pouco desses conhecimentos adquiridos em todos esses anos, afinal de contas, eu só faço isso e como dizem os meus alunos e alunas: “O especialista”.

No Curso de DJ que ministro na Casa da Matriz em Botafogo no Rio de Janeiro, nesses quatro anos venho anotando inúmeras perguntas dos(as) alunos(as) que serão futuros(as) DJs.

Nas primeiras aulas, as perguntas são:

1 - O que eu devo tocar na noite?
2 - Relação de custo e benefício de determinadas marcas de equipamentos?
3 - E os DJs que tocam de Laptop?
4 - Certos DJs na noite tocam muitos hits, isso é bom ou é ruim?

Nessas próximas postagens, esses temas serão abordados detalhadamente para acabar de vez com certas dúvidas, não apenas para DJs que estão começando, como também aos profissionais que já atuam na área, informações avançadas sobre equalização, volume na pré-escuta, tipos de fones, entre outros fatores que acabam não fluindo bem com determinados profissionais, que por acaso aprenderam a mixar olhando outros DJs e com isso dando prosseguimento aos erros e certos "vícios" cometidos sem saberem que estão errando.

O mais interessante em tudo isso é a visão de pessoas que almejam ser no futuro profissionais para atuar nesse mercado, 80% desses alunos e alunas geralmente vem zerados de qualquer tipo de informações técnicas e muitos nunca frequentaram um clube devido a pouca idade ou qualquer outro fator. Os 20% que procuram o Curso de DJ já tem algum conhecimento técnico, são frequentadores assíduos de clubes, grandes festivais, raves e as dúvidas são realmente focadas de uma forma específica.

As dúvidas:

O que eu devo tocar na noite?

A resposta é simples, depende do público e do local que irá escolher para tocar, se será um clube de estilo: Pop, Rock, MPB, House Music, Zouk e etc.

Dar a “cara” na noite para ver o som dos Top DJs é fundamental, pois isso ajudará muito na hora de definir a escolha do tipo de som que o(a) futuro DJ tocará.

Optando pelo som comercial, a entrada nesse mercado de trabalho teoricamente será mais fácil, se a opção for o alternativo, a coisa será certamente bem difícil.

É claro que tudo dependerá dos próprios contatos pessoais, também de um árduo treinamento para conseguir o tão sonhado espaço e não perdê-lo por falta de postura ou capacidade profissional, nem todos conseguem dar continuidade nesse segmento, a maioria dos profissionais que são DJs tem outras profissões e não dedicam o tempo mínimo necessário para treinar e ter mais qualidade no set (seqüência mixada), acabam improvisando muito e cometem erros terríveis, não apenas técnicos, músicas com harmonias que não combinam, misturam vocal com vocal que tenham escalas musicais totalmente divergentes, mixar (juntar uma música na outra) não se limita apenas em colocar o BPM (batida por minuto) igual a outra música e “mandar ver”, isso é algo que vai muito além.

Ser DJ é uma profissão séria, mais tem pessoas que atuam nesse segmento e não encaram com seriedade e confundem as “estações”.


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