sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Técnicas de mixagem (set DJ) Pt. 05


Recordo certa vez, quando eu fui a um evento em 1996 que um DJ que tocava House não mixava nenhuma música, ele simplesmente esperava um drop ou um final de break de saída e cortava para a outra música, sem mexer em equalização, pitch e nada!


O repertório era fantástico e a pista lotou, fluiu e depois dele entrou um DJ que também tocava House, era outra vertente da House Music (Hard House), muito técnico, passagens absurdas e a pista se manteve no clima, às vezes ele ‘viajava’ e mandava uma Disco Music no meio do set e a pista não aceitava, mais ele era muito experiente e só tentou isso duas vezes, desistia e recuperava rapidamente o fluxo da pista.


Em seguida entrou um DJ de Techno com uma boa técnica, não se comparava com esse do Hard House, só que esse de Techno era infinitamente mais criativo, e suas interseções na pista faziam o público ir ao delírio, também era um DJ ‘cascudo’ (antigo) e fez bem o dever de casa.

O primeiro DJ da noite que não tinha técnica nenhuma foi aquele que fez o melhor set, manteve a pista lotada, o segundo deu um show de técnica, tentou algumas proezas de tocar dois tunes de Disco Music para um público muito jovem e acabou dispersando um pouco a pista, como era muito experiente recuperava rapidamente o fluxo, o útimo que era o mais criativo já pegou a pista com um fluxo bom, porém não lotada, já que o segundo DJ perdeu um pouco a pista no final do set.

Se o(a) DJ conseguir aliar a técnica com um bom repertório o set fluirá de uma maneira ótima (dependendo do público, tem noites que nada flui, existem edições que um grupo de pessoas vai comemorar o aniversário do primo de uma prima da faculdade e leva um grande número de pessoas que não conhecem o tipo de som que toca no clube, pode ser o melhor DJ do mundo que não vai conseguir fazer pista, como tocar Trance em pista de Drum & Bass ou forró em pista de House?).

Um bom repertório de acordo com o público de uma determinada noite tocado com uma técnica ‘feijão com arroz’ é mais eficaz comparado a um set tecnicamente perfeito tocado para si mesmo, ou seja, tem DJ que só toca o que gosta e não se importa com a pista e isso já é um problema sério, não se pode confundir Hobby com trabalho e existem DJs que não percebem que em uma boate ou clube a maioria dos profissionais dependem desse emprego para sobreviver, tem a equipe do bar, os seguranças, os taxistas, o(a) gerente, os(as) faxineiros(as), os(as) próprios(as) DJs e etc.

Técnicas de mixagem (set DJ) Pt.04


Ao checar na pré-escuta as músicas em zero dB (em casos de problemas de volume na saída do fone pode-se checar com o volume de ganho em 2dB ou 4dB, nunca se esquecendo que ambas as músicas devem estar com o mesmo ganho checado previamente nesses mesmos valores), o volume do master de acordo com o fluxo de pessoas na pista, tem DJs no mundo inteiro que pegam uma pista cheia de uma forma e por determinados motivos de repertório ou outro qualquer vai perdendo o controle do público, a pista esvazia e os DJs continuam tocando com o mesmo volume como se estivessem com a mesma cheia ou lotada.

Se por um acaso a pista esvaziar, diminua o volume para as pessoas que estão na pista, caso contrário, essa pessoas sairão e a coisa ficará ruim para recuperar os ‘buracos’.

A pré-escuta para muitos profissionais às vezes é um mero enfeite colorido no mixer, e os erros de volume acabam deixando o set mixado desagradável, pois o ser humano tem um certo limite auditivo, set com o volume distorcido ou equalização feita de uma maneira inadequada acabam contribuindo para uma pista vazia, sem pegada e muitas das vezes os DJs não entendem, acham que um ótimo repertório é tudo.

A culpa é do DJ?

A maioria dos DJs aprenderam a tocar olhando outros DJs, com isso dão prosseguimento aos mesmos erros, a finalização é bem parecida, não conseguem manter uma pista cheia, ou fazerem pista com esses pequenos erros de volume e equalização, algo que é facilmente resolvido na pré-escuta.

Técnica e repertório.

O que é mais importante em um set de um(a) DJ?

Uma boa, ótima, espetacular técnica ou um ótimo repertório e uma técnica ‘feijão com arroz”?

Tudo dependerá da visão do(a) DJ, em certos casos um repertório sendo desenvolvido com um olhar clínico na pista, mesmo com uma técnica limitada acaba surtindo mais efeito comparado a um set ‘montado’ em casa e tecnicamente perfeito.

Técnicas de mixagem (set DJ) Pt.03




No caso de vocal com vocal é necessário não misturar mensagens que entrem em conflito com o arranjo de uma música com a outra, pode-se mixar vocal com vocal, mais isso deve ser minuciosamente estudado antes, sem improvisos, não fazendo de forma insegura, achando que isso é ‘feeling’.


Um Top DJ profissional estuda detalhadamente as combinações, não é levar um set montado de casa para a pista, porque isso não funciona, o ideal é levar ‘partners’ (várias combinações), ou seja, músicas que “casam” perfeitamente nas mixagens, seja uma com timbres pesados, leves, vocais, instrumentais, não importa, existem casos em que o DJ precisa tocar mais pesado ou mais leve, então os partners funcionam dessa forma.


Volume


Item importantíssimo no set de qualquer DJ no mundo, relacionado a um dos fatores principais de uma pista vazia, sem êxito ou fraca.Em qualquer mixer existe uma pré-escuta, aonde o(a) DJ deve checar o volume das músicas no ponto mais cheio delas. No caso de versões de 12” ou CD single com músicas que tenham uma duração de mais de cinco minutos, deve-se avançar até uns dois minutos e trinta segundos para deixar a música em zero decibéis (dB) no ganho (ver no led do mix), em músicas com versões editadas que tenham uma duração de três a quatro minutos, deve-se avançar somente um minuto e isso já será o suficiente para fazer a apuração do volume.


Qando se checa a música em zero dB no vinil ou no CD, isso garantirá um set sempre com o mesmo volume (acertando de acordo com o número de pessoas na pista, em início de set, no caso warm up, o volume do master não poderá estar em zero dB, pois isso seria muito alto com a pista ainda vazia, e sim em -4 dB, claro que isso dependerá de uma série de fatores.


Dependendo do rack que estiver montado para o evento e também a acústica do espaço físico, em certos locais o master terá que ficar em +2dB com a pista cheia, nem sempre o set up montado funciona bem, pois certos DJs acabam desregulando o rack e o som fica fora desse quesido do zero dB não esquecer de manter o led do master também em zero dB (com a pista cheia ou dependendo do caso lotada).





Técnicas de mixagem (set DJ) Pt.02


Relação de custo e benefício de determinadas marcas de equipamentos?

Típica pergunta que chega a 100% na dúvida de todos(as) os(as) futuros(as) DJs no Curso de DJ Casa da Matriz By Yanay.

Sem sombra de dúvida, esse é o fator mais importante em qualquer investimento feito por quem está interessado(a) em ingressar nessa promissora profissão, a questão da relação custo x benefício.

A resposta pode ser simples, ou complexa dependendo do ponto de vista de cada um.

Primeiro deve-se levar em conta os custos para só então pensar nos benefícios, se o custo for alto, dependendo da situação de retorno, valerá investir, caso contrário, alugar um equipamento juntamente com mais três ou quatro colegas no final de semana para treinar será a melhor opção nesse caso, então nem pense nos benefícios.

Essa relação na maioria das vezes acaba adiando certas decisões na vida de um(a) futuro(a) DJ.

O gasto inicial em equipamento profissional pode chegar a mais de R$ 8.500,00 dependo da marca escolhida e do objetivo de cada um, se for montar uma case completa com: CD Player, toca-disco, fone, mixer, P.A. (power amplifier); isso sem contar com o custo inicial altíssimo com o material em CDs, vinis (12”, EPs, álbuns), então a coisa fica nessa situação, sem esquecer que tudo citado acima trata-se de materiais importados.

Os sonhos dos(as) grandes empreendedores(as) nessa área representam para eles(as) os benefícios que suas idéias poderiam lhes trazer ou trazer para outras pessoas.

Mais comparando esses sonhos com a dura realidade que essas despesas representam, os sonhos superam todas as análises de custo.

Do contrário, muitos(as) DJs não teriam optado em deixar de comprar outras coisas, ou aplicar esse capital em algo mais rentável para investir pesado em equipamento profissional e realizar um simples sonho, ou um meta profissional traçada.

Com todos esses benefícios bem apresentados (a realização de um sonho ou meta traçada), demonstrados e comprovados, os custos já se tornam pequenos ou pelo menos suportáveis e passíveis de serem enfrentados quando se tem um capital disponível nesse hipotético valor “simbólico” de um pouco mais de R$ 8.500,00.

Se mudarmos o termo para benefício x custo, descobriremos muitíssimas coisas até agora ignoradas ou pouco valorizadas em nossas concepções.

Esse assunto é tão interessante, que as técnicas de mixagens foram deixadas de lado nessa postagem, na próxima teremos muitas dicas importantes.

Técnicas de mixagem (set DJ) Pt. 01


Há treze anos eu toco profissionalmente Drum & Bass, Jungle e Gabba, tive a gloriosa oportunidade de fazer parte do line up de grandes eventos no Rio de Janeiro e São Paulo, ser agraciado como residente da festa de Drum & Bass Febre juntamente com os renomados DJs Calbuque e Marcelinho da Lua, poder toda quinta-feira mostrar esse meu trabalho ao lado dessas duas referências da night carioca.

A Festa a Febre completou doze anos de atividades nesse ano de 2009, gostaria de aproveitar os ótimos acessos nesse espaço, para compartilhar um pouco desses conhecimentos adquiridos em todos esses anos, afinal de contas, eu só faço isso e como dizem os meus alunos e alunas: “O especialista”.

No Curso de DJ que ministro na Casa da Matriz em Botafogo no Rio de Janeiro, nesses quatro anos venho anotando inúmeras perguntas dos(as) alunos(as) que serão futuros(as) DJs.

Nas primeiras aulas, as perguntas são:

1 - O que eu devo tocar na noite?
2 - Relação de custo e benefício de determinadas marcas de equipamentos?
3 - E os DJs que tocam de Laptop?
4 - Certos DJs na noite tocam muitos hits, isso é bom ou é ruim?

Nessas próximas postagens, esses temas serão abordados detalhadamente para acabar de vez com certas dúvidas, não apenas para DJs que estão começando, como também aos profissionais que já atuam na área, informações avançadas sobre equalização, volume na pré-escuta, tipos de fones, entre outros fatores que acabam não fluindo bem com determinados profissionais, que por acaso aprenderam a mixar olhando outros DJs e com isso dando prosseguimento aos erros e certos "vícios" cometidos sem saberem que estão errando.

O mais interessante em tudo isso é a visão de pessoas que almejam ser no futuro profissionais para atuar nesse mercado, 80% desses alunos e alunas geralmente vem zerados de qualquer tipo de informações técnicas e muitos nunca frequentaram um clube devido a pouca idade ou qualquer outro fator. Os 20% que procuram o Curso de DJ já tem algum conhecimento técnico, são frequentadores assíduos de clubes, grandes festivais, raves e as dúvidas são realmente focadas de uma forma específica.

As dúvidas:

O que eu devo tocar na noite?

A resposta é simples, depende do público e do local que irá escolher para tocar, se será um clube de estilo: Pop, Rock, MPB, House Music, Zouk e etc.

Dar a “cara” na noite para ver o som dos Top DJs é fundamental, pois isso ajudará muito na hora de definir a escolha do tipo de som que o(a) futuro DJ tocará.

Optando pelo som comercial, a entrada nesse mercado de trabalho teoricamente será mais fácil, se a opção for o alternativo, a coisa será certamente bem difícil.

É claro que tudo dependerá dos próprios contatos pessoais, também de um árduo treinamento para conseguir o tão sonhado espaço e não perdê-lo por falta de postura ou capacidade profissional, nem todos conseguem dar continuidade nesse segmento, a maioria dos profissionais que são DJs tem outras profissões e não dedicam o tempo mínimo necessário para treinar e ter mais qualidade no set (seqüência mixada), acabam improvisando muito e cometem erros terríveis, não apenas técnicos, músicas com harmonias que não combinam, misturam vocal com vocal que tenham escalas musicais totalmente divergentes, mixar (juntar uma música na outra) não se limita apenas em colocar o BPM (batida por minuto) igual a outra música e “mandar ver”, isso é algo que vai muito além.

Ser DJ é uma profissão séria, mais tem pessoas que atuam nesse segmento e não encaram com seriedade e confundem as “estações”.


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

B.U.M. projeto versus 2003

Parte 1



Parte 2

Man Parrish







Man Parrish com a clássica Hip Hop Bee Bop, vinil de 1982, Electro 100% Old School lançado pelo label Importe/12 Records, aonde será que foi parar a capa original?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Vinyl ROX!


Os vinis 12" mais relíquias!

domingo, 11 de outubro de 2009

No Limits 03

Novo episódio = Björk + Morcheeba + Saint Etienne...

No Limits 03 repleto de tunes com remixes incríveis!

A presença do DJ convidado Igor “I”, componente do lendário grupo B.U.M. que está retornando as pick ups com um set 100% vinil.

No mês de setembro o Programa de sets mixados Alopration Crew atingiu a meta registrando 1.209 downloads e 15.893 feedviews.


Divirta-se!

Little Monster

Download





quarta-feira, 7 de outubro de 2009

B.U.M. JORNAL HOJE






Os DJs J.J.Jonas, 4so, D.D. Chip & Yanay do lendário grupo B.U.M. em uma entrevista no dia 04 de setembro no final da década de noventa no Jornal Hoje da Rede Globo.

Em pleno feriado, os pioneiros da Música Eletrônica na Baixada Fluminense que realizavam eventos filantrópicos, Raves, Programa de sets mixados Underground Beat by Yanay em FMs alternativas, Fanzine Club U.B. (Club Underground Beat) e também festas pagas, ficaram conhecidos nacionalmente após essa matéria.

Depois grandes propostas e eventos surgiram: Festival de todas as tribos – RJ (1999), Festa de 13 anos do Rio Fanzine – RJ (1999), Bunker Rave – RJ (2000), Rock in Rio Tenda Eletro – RJ (2000), Rave Brasil – RJ (2000), Skol Beats – SP (2000), Rave MegAvonts – SP (2001), Er Rave – RJ (2002), Rave B.U.M. – RJ (2002), FeroX Club World Tour – RJ (2003), Coca-Cola Vibe Zone Tenda DJ Zone Workshop de DJ – RJ e SP (2003) e Skol Rio – RJ (2003).